As recentes eleições nos Sindicatos dos Bancários do Norte e do Centro vêm colocar uma questão fundamental para o sindicalismo que temos: que é feito da democracia sindical?
É que nestas duas eleições foram cometidos mais uns quantos atropelos à democracia e à verdade dos votos. Com efeito, no Norte, nomeadamente no Banco Totta, as listas afectas à UGT (a do PSD e a do PS) tiveram exactamente o m,esmo número de votos. Por isso houve um certo "rigor" na recontagem dos mesmos e logo se detectou que em determinados balcões onde praticamente ninguém tinha votado lá apareceram uns tantos votos para as listas do PSD...
Trata-se de repetir essas eleições apenas. Não se pode dar bronca na comunicação social
No caso do Sindicato dos Bancários do Centro a coisa foi bem pior. Depois da lista apoiada pela direcção anterior ter sido derrotada, eis que se fecharam no edifício do sindicato sem deixarem ninguém entrar e depois, quase um mês depois, vêm publicar novos resultados, desta vez a favor da tal direcção de antanho!
Enfim. As vigarices do costume que têm feito perpetuar as mesmas pessoas nos mesmos poleiros desde praticamente pouco depois do 25 de Abril de 1975!
No Sindicato dos Bancários do Sul a mesmíssima coisa. Só que não foram eleições para os corpos gerentes. Foi o tal "referendum" para a constituição da Federação dos Vigaristas a que dão o nome pomposo de Federação Financeira! Contra o que os próprios Estatutos que eles "cozinharam" 15% de votantes dão a vitória ao sim para a Federação?
E ainda dizem coisas do Alberto João Jardim.
Já agora uma boa novidade. Um blog novo, sobre os bancários, e sem papas na língua: http://sindicalho.canalblog.com/
Façam o favor de ler
6 de junho de 2005
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3 comentários:
Será mesmo assim? Mentir é muito feio, e a verdade acaba por vir sempre ao de cima!. Aconselho todos a consultrem os resultados do referendo à Federação do Sector Financeiro e verão onde está a verdade...nesta notícia não está de certeza.
Esta opinião anónima é com certeza "amiga" e cúmplice, quem sabe, das direcções sindicais que há quase trinta anos se perpetuam no poder, nos sindicatos de bancários do Norte, do Centro e do Sul e Ilhas, à custa da mais descarada desonestidade de processos anti-democráticos!...
Se há palavras que vistam à medida o modelo de sindicalismo praticado por estas direcções, em tudo comprometidas com políticas ferozmente anti-laborais, são as mesmas que designavam os sindicatos de conchavo e de chapelada que existiam antes de 25 de Abril. Doutra cor, mas com os mesmos vícios, o mesmo descaramento, o mesmo sarro e a mesmíssima falta de carácter. A Federação do Sector Financeiro? Lembram-se das Corporações de Salazar? Devem andar ela por ela!...
No fundamental os dirigentes sindicais que temos são, na sua esmagadora maioria reformados, ou então, sem nenhuma perspectiva de virem alguma vez mais a trabalharem nos balcões.
É por isso que a sua primeira preocupação é manterem os seus beneficios e perpetuarem-se no poder.
Se votarem neles optimo. Senão votarem dá-se um jeito.
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